Possível Federação une PSB e PDT e garante forte presença em Santa Maria

Claudemir Pereira

Possível Federação une PSB e PDT e garante forte presença em Santa Maria

Luci Duartes, Danclar Rossato e Paulo Ricardo Pedroso. Fotos: Pedro Piegas, Ronald Mendes e Nathália Schneider (Diário/Arquivo)

Há dúvidas, muitas dúvidas, acerca da Federação que deveria unir o Progressistas (PP) ao União Brasil (UB), formando a maior bancada na Câmara dos Deputados. E a incerteza avança por todo o País. Tanto que nesta quinta-feira era dada como sepultada, pelos principais dirigentes das duas siglas. Em Santa Maria mesmo, como disse à coluna o presidente do PP, Mauro Bakof, faltam informações – ainda que se reconheça a proximidade ideológica das agremiações.

O dirigente atua na organização de um seminário, que antecederá a convenção municipal, ainda sem data definida, mas prevista para maio ou junho. E é neste encontro que, se até lá ainda existir a discussão, “virá alguém para tirar as dúvidas”.

Também não se sabe exatamente como será outra fusão e esta, embora muito tratada nos bastidores, ganhou as manchetes políticas apenas semana passada. No caso, a que tende a unir outros partidos de postura e ideologia semelhantes, o PSB (de Geraldo Alckmin) e o PDT (Ciro Gomes), além do Solidariedade (Paulinho da Força).

Mesmo o “veto” do comando pedetista à candidatura da deputada federal Tabata Amaral, do PSB, à prefeitura de São Paulo, não parece ter o condão de parar as negociações. O PDT insiste em lançar o televisivo José Luiz Datena – aquele que já se candidatou um punhado de vezes a vários cargos e sempre desistiu.

E em Santa Maria, como está a situação? Não há movimento aparente nas siglas. Mas tanto nestas quanto nas demais, já em vigor, a cidade provavelmente terá apenas de aceitar e seguir em frente. Ou, no caso de alguns dos militantes, rejeitar. E também seguir em frente.

De todo modo, se a Federação se confirmar e tudo sair como planejam os articuladores, a boca do monte terá um novo grupo que já nasce com, em números redondos, mais de 3,5 mil filiados (2.600 do PDT, 840 do PSB e 90 do Solidariedade).

E, principalmente, contará com bancada significativa na Câmara. No caso, os socialistas Danclar Rossato e Paulo Ricardo Pedroso e a pedetista Luci Beatriz Duartes (os três nas fotos que ilustram esta nota). Hoje, curiosamente, não estão no mesmo bloco no Legislativo. Os edis do PSB se alinharam a PT e PC do B. A do PDT, não.

Sempre lembrando que, conforme a lei, tudo terá de ser concluído até o final de maio. Vale para a dobradinha PP/UB e para o trio PSB/PDT/Solidariedade.

Em tempo: aparentemente, assim como no Brasil inteiro, em Santa Maria também está tudo ok nas Federações já existentes, e sempre com o predomínio de uma das siglas que as compõem. A saber, a Brasil da Esperança (PT, PC do B, PV), a PSDB/Cidadania e PSol/Rede. Apenas esta última sem representação parlamentar local.

A Corsan, os parques e o futuro (ou não) das CPIs em gestação na Câmara

Foto: Ronald Mendes (Diário/Arquivo)

CPI DA CORSAN – é provável que seja instalada na próxima semana a Comissão Parlamentar de Inquérito cujo requerimento foi protocolado na última quarta-feira por sua proponente, a vereadora petista Helen Cabral (foto). A ideia é “investigar o Termo Aditivo de Conformidade ao Novo Marco Regulamentário do Saneamento Básico”.

Apelidado de “CPI da Corsan”, o colegiado, até por conta de sua legitimidade e da adesão ecumênica de vereadores de todos os matizes ideológicos, tende a jogar luzes e, pelo menos no entender do Sindiágua, e da vereadora, poderá mudar o rumo da prosa. Ah, o aditivo em análise foi assinado em 16 de dezembro de 2021.

Foto: Gabriela Neto (Câmara de Vereadores/Divulgação)

A OUTRA CPI – A menos que alguma situação tenha se criado depois do fechamento desta coluna, a cada dia que passa parece tornar-se menos viável a criação de outra CPI. No caso, a ideia do vereador Tubias Callil (foto), que quer verificar a situação dos parques da cidade.

Seriam duas as razões para o empacamento da ideia. Um é interno, no próprio partido, que pode virar alvo (afinal, como se diz, CPI sabe-se como e por que começam, mas nunca como terminam). Não se deve esquecer que os parques foram todos implantados (ou começaram) no governo anterior da comuna, liderado pelo MDB.

A outra razão seria bem mais prosaica, e aparentemente fácil de resolver: ainda faltariam assinaturas para apresentar o requerimento de instalação. A conferir.

Um novo passo de Jobim e a organização do Novo por aqui

Foto: Divulgação

O advogado santa-mariense Ricardo Jobim, que concorreu ao Governo do Estado pelo Novo, começa a fazer parte efetiva do comando da agremiação no Rio Grande do Sul. Desde a última segunda-feira, e até o fim de fevereiro do próximo ano, o advogado santa-mariense é vice-presidente da seção gaúcha do partido.

Juntamente com o empresário caxiense Marcelo Slaviero, eleito Presidente, e outros integrantes escolhidos no domingo, 12, Jobim será um dos responsáveis inclusive pela montagem da estratégia eleitoral novista para 2024.

Ainda que os olhos estejam voltados para o estado, o fato é que o militante e dirigente tem domicílio em Santa Maria e é por cá, se imagina, que sua ação se dará de uma forma bastante peculiar.

Depois do reconhecido equívoco, para não usar outra expressão mais forte, de não apresentar nomes na boca do monte em 2020, acredita-se que o Novo, desta vez, irá à disputa municipal. O próprio Jobim (que já concorreu a vice, em 2004, então no PSDB, e com José Farret, à época no PP, na cabeça) pode ser protagonista.

Isso no entanto, é condicionado a outros voos para os quais o dirigente está habilitado. Tanto que aqui o nome da vez, aparentemente, é o do ex-deputado Giuseppe Riesgo (com Ricardo Jobim, na foto). Ocupando a chefia de gabinete do deputado federal Marcel Van Hatten, Riesgo faz parte do jogo. Em que posição?

Ah, mas antes mesmo disso tudo, a tarefa das lideranças é ampliar a base partidária em Santa Maria, hoje limitada a pouco mais de uma centena de filiados. Enfim, o caminho do partido preferido dos liberais não é fácil. Antes, é longo e árduo. Mas, se não percorrê-lo, dificilmente haverá protagonismo. E ponto.

Luneta

ELEIÇÕES

Ao menos duas entidades relevantes têm renovação de suas direções ao longo deste ano. Cronologicamente, a primeira delas é a Associação Rural, que tem eleição em junho. A outra é a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (Cacism), com pleito em outubro/novembro. Os atuais presidentes são, respectivamente, Antoniangel Zanini e Luiz Fernando Pacheco. Nos dois casos, aparentemente, não haverá disputa.

ISOLADO?

Ares vindos da Câmara indicam que Tubias Callil está isolado na bancada do MDB. A história verá quem tem razão, e não este colunista, mas o fato é que o edil não pediu de graça dispensa da vice-liderança. Num exercício de futurologia, é possível afirmar que, sem mudança conjuntural significativa, Callil é candidatíssimo a trocar de sigla em abril de 2024, o mês da traição política legalizada.

ELOGIO

Foto: Lucas Leffa (PR/Divulgação)

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, deputado federal Paulo Pimenta, do PT, tem sido bastante elogiado nesse início de governo, por abrir espaço para as lideranças locais e regionais. Os mais recentes foram os prefeitos Bernardo Dalla Corte, de Júlio de Castilhos, e Jorge Pozzobom, de Santa Maria (ambos na foto), que foram a Brasília no início da semana, para apresentar as demandas locais.

ELOGIO II

Na verdade, na verdade, reconhecem especialmente os adversários políticos, Paulo Pimenta tem se transformado, ao longo dos últimos 20 anos, tempo em que exerce mandatos federais, no porto seguro de santa-marienses (e da região) que buscam em Brasília amparo e apoio para suas comunas. E não se trata apenas das emendas parlamentares, senão que pela representação efetiva das lideranças. Pois é.

PARA FECHAR!

Outro dia, o presidente da Câmara, Givago Ribeiro, em reunião com quase todos (houve duas justificadas ausências) os vereadores, chamou a atenção para a falta de postura de assessorias que ficam nas galerias se comportando “de forma infantil e como torcedoras”, cada vez que as chefias discursam em defesa de suas moções. Se a “enquadrada” vai garantir melhor comportamento, o futuro dirá. E não demora.

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